EDIÇÃO 008

EDITORIAL

Uma pedra basilar da gestão urbana é a construção. A definição dos tipos de edifícios, tipos de construção e localização da sua implantação são, entre outros, desafios gigantescos para quem tem de gerir uma cidade. Trate-se edifícios de habitação ou de prestação de serviços, as autoridades municipais enfrentam um dilema aodeverem conciliar os múltiplos interesses, a defesa do interesse publico, as possibilidades de fiscalização e o contexto social, cultural e económico. A ausência de um plano urbano, ou de cumprimento do mesmo, cria a curto, médio e longo prazo, problemas complexos e por vezes graves e insolúveis. A implantação de prédios em altura apresenta enormes vantagens, mas requer adequadas infra-estruturas, como estradas, passeios, saneamento, serviços de água e eletricidade que nem sempre estão em consonância com a densidade populacional que a construção em altura cria. Os padrões de densidade de construção baseados em cidades desenvolvidas colidem por vezes com uma realidade muito diferente, criando constrangimentos à qualidade de vida.

Maputo tem conhecido um grande crescimento de construção em altura que por si só não constitui um problema. Contudo, na ausência de um plano de urbanização criterioso, as construções podem tornar a vida da Cidade insuportável. A questão é muito delicada já que ao se construir um prédio que eventualmente esteja a criar desequilíbrios é muito difícil depois evitar as consequências. Por outro lado, a cidade enfrenta um enorme desafio por falta de manutenção de uma grande parte dos seus edifícios e pela proliferação de serviços em bairros concebidos para serem residências. É a este tema determinante para a Cidade que o Jornal dedica a presente edição. ■


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